segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Novo site!

Olá a todos!


Estou com um novo site somente para tratar de divulgaões, aulas, shows, etc, etc,etc...

Mais arrumadinho e organizado para quem quiser me "achar" de verdade, ok?

Acessem, fiz com carinho *-*

http://trianaballesta.blogspot.com.br/

bjssss

domingo, 16 de setembro de 2012

Quanto tempo você tem de dança?


Essa é a primeira pergunta que TODOS fazem a uma bailarina de dança do ventre.
Como eu nunca sei o que responder, coloco aqui algumas questões sobre o assunto.
Pratico a dança do ventre desde os 11 anos de idade, desde a minha primeira aula de dança do ventre, desde a primeira vez que fiz o meu primeiro “8”.
Fazendo as contas, até a data de hoje, eu pratico a dança do ventre a  17 anos! Então vamos lá! 17 menos 1 de quando eu me mudei de São Paulo para Curitiba, depois parei quase 4 anos de quando fui trabalhar, me casei e tive meu primeiro filho... igual a  13 anos, ok.
No ano em que eu fiz 15 anos de idade comecei a estagiar para começar a dar aulas aos moldes do ballet clássico, e aos 17 anos já ministrava aulas para turmas de iniciantes e crianças.
No início, no meu início, as coisas eram muito mais simples, eu não tinha musicas árabes em casa, então dançava com músicas brasileiras para praticar os movimentos de acordo com a música, ninguém me ensinou que eu deveria ler a musica, era natural, era o que a minha primeira professora Adriana fazia, simples assim.
Quando aprendi a coreografar com a minha segunda professora Mary, era muito simples também, as sequencias se repetiam 4x pra um lado, 4x para o outro, pois a musica se dividia dessa forma, fazíamos isso no ballet, no street dance e na dança do ventre, era inevitável, como diz o ditado: dançando conforme a música.
Parei de dançar (fora de casa) e assim que retornei, vi um mundo completamente diferente. Já não entendia mais o que estava acontecendo, não conhecia as bailarinas “the best” do momento e nem do passado. Fiquei feliz e assustada. Feliz pelas novas fontes de pesquisas e estudos e triste por me sentir tão deslocada.
Corri atrás do prejuízo, como dizem, e fui aprender essa nova dança do ventre.
Aprendi o suficiente para perceber que aquela não era a minha dança. E foi um tempo de reflexão junto com a minha professora e parceira, até hoje, Yasmine Amar. Até que, por um acaso (presente do meu marido e anjo da guarda Eder), chegou as minhas mãos um dvd da Michelli Nahid chamado “Tempos”, que remete a grandes bailarinas de tempos antigos.
Muitas fora as conversas, discussões, questões (e risadas), que eu e a Yas passamos durante uns 2 anos e aos poucos juntando as peças de um grande quebra-cabeças que estávamos aflitas a montar.
Fiz o meu primeiro workshop de musicalidade com Maurício Mouzayek e Michelli Nahid e ela disse: Vocês já sabem “dançar”, não vou ensinar isso, vocês devem saber ler a música. Isso faz apenas 5 anos. Foi um início... Reinício?
Durante esse tempo, foi um árduo trabalho de tirar tudo o que pensei ter aprendido, voltar a praticar o que havia perdido polir, reaprender, observar, ouvir, fazer, refazer, fazer denovo, errar, acertar....
A 1 ano fiz o meu primeiro workshop com Serena e Hossam Ramzy. Não foi uma surpresa ver Serena ler a musica, pois isso que eu estava buscando, foi mesmo uma grande emoção vê-la ao vivo! Mas foi uma surpresa ouvir tudo que eu ouvi do Hossam, pois não o conhecia, foi meu primeiro contato de fato com o método deles de praticar e ensinar a dança do ventre. Foi encantador, divertido, acalentador.
Faz 2 semanas terminei o primeiro módulo do curso de formação profissional com eles novamente. A responsabilidade mais do que nunca de continuar a ensinar como se ler a música caiu sobre meus ombros, pelo próprio Hossam particularmente, que me fez confiar no meu verdadeiro valor como artista e como professora. Meu muito obrigada (em lágrimas para não perder o costume) aos meus professores verdadeiros que acreditaram em mim: Mary, Yasmine, Michelli, Maurício, Serena e Hossam.
Responda-me você, caro leitor. Quantos anos de dança eu tenho? Talvez, saiba o que nem eu sei.