quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Samya Gamal - Porque ela?

por Triana Ballestá



Estou trabalhando num projeto gráfico no qual faz parte dele selecionar imagens das grandes dançarinas do ventre do Egito na Gold  Age (que teve início na década de 20). Tive a necessidade de escrever sobre a minha preferida: Samya Gamal.

Não sei o motivo que a leva ser minha preferida, me desculpem, realmente não consigo explicar, pois existem outras bailarinas que dentro de um olhar analítico e artístico fazem mais meu gosto e admiração. Não sei também se é injusto qualificá-las tão friamente esses grandes nomes da dança. Todas no mínimo tinham que ser espetaculares para estarem onde estavam, isso me causa certa inveja pelo tempo que passou sem eu ter presenciado e como as coisas mudaram no mundo, Hossan Ramzy expressou isso muito bem em uma palestra e eu me identifiquei demais.



Samya, tecnicamente falando,  tem (tinha) ondulações tão rápidas e perfeitas que só ela era capaz de fazer, oitos simplesmente perfeitos e como seus ângulos são facinantes! É como um mistério, cuja resposta está a mostra, na cara de todo mundo, desvendado, mas continua uma pulguinha atrás da orelha... como eh isso?

Ombros charmosos se encolhem e se mostram apontando seu belo sorriso aberto que nos obriga a sorrir junto a ela.

Seus braços não aleatoriamente se movem e se curvam para que as notas musicais passem livremente pelo pouco espaço que sua presença não ocupa.




Será que consegui explicar? Só sei que ela, hoje, é a minha maior inspiração!